Os que também amam poesia...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ECLIPSE DO SOL


De onde vem o amor?
É o Eterno que o dá ou temos que ir buscá-lo?
E para onde ele vai quando acaba, quando quem diz, "eu te amo" não o diz mais...
e ele acaba?
Sabemos quando chega?
Sentimos quando vai?
Conhecemos sua dimensão e a sua profundidade?
Sua largura e a sua extensão?
Qual é sua medida?
O que o mede?
Podemos medi-lo?
Ele chega com pressa ou sereno?
Se despede com um até logo ou um adeus?
Ele é um sentimento ou uma escolha?
Se é sentimento como escolher esquecer?
Se é escolha como não senti-lo?
Como sabemos se amamos e somos amados?
Por que se ama tanto?
Por que não se ama nada?
Por que quem é amado não ama?
Por que quem ama não é amado?
Se o amor está perto é desprezado
muitos já cruzaram os oceanos para encontrá-lo...
muitos tentaram comprá-lo
tentaram vendê-lo
muitos tentaram trocá-lo por migalhas
muitos deram o que tinham e o que não tinham por ele
muitos o ignoraram...
muitos por amarem tanto desistiram do amor
e muitos lutaram para verem um eclipse total do sol, na esperança de serem amados pelo ser amado...
muitos o encontraram e perderam
alguns nunca o acharam
alguns nem quiseram sequer saber onde ele mora...
uns choraram tanto por não tê-lo
outros por tê-lo tanto o despediram sem dar seus endereços...

Se as paralelas se encontrassem no infinito
talvez eu tivesse as respostas...
talvez o próprio amor viesse ao meu encontro...
e pegaria na minha mão...
e me mostraria que é preciso vivê-lo para tê-lo...
senti-lo...
para amar!